sábado, 13 de outubro de 2012

Levantamento considera centenário do Vasco o mais bem-sucedido do Brasil




É com muita alegria que eu inauguro este espaço em um Portal que já nasceu sendo um sucesso como o Yahoo! Esporte Interativo. Aqui pretendo abordar tudo que considerar interessante sobre vários esportes, sempre buscando um ângulo diferente, contribuindo com muita informação, mas deixando clara a minha opinião e querendo ouvir a sua. E sempre pronto para um bom debate! 

O post de estreia do Blog do Vitor Sergio é um dos quadros que teremos recorrentemente por aqui: as famosas e polêmicas listas. E para começar, vou fazer um ranking dos melhores anos de centenário de clubes brasileiros. Tive essa ideia depois que o Santos, que comemora 100 anos em 2012, ganhou a Recopa Sul-Americana há três semanas. Vamos lá então: 

15º LUGAR - CORITIBA - Completou 100 anos em 2009 e não teve motivos para comemorar. O primeiro semestre não foi um desastre. No Paranaense perdeu o título para o rival Atlético, mas na Copa do Brasil foi à semifinal. O motivo de vergonha foi o Brasileirão. Após uma campanha regular, a equipe sofreu na reta final e precisava vencer o Fluminense na última rodada para se salvar do rebaixamento. Empatou e caiu. Mas a vergonha veio depois com dezenas de bandidos invadindo o campo do Couto Pereira e praticando cenas lamentáveis de vandalismo. 

14º LUGAR - GUARANI - Passando por uma de suas piores crises financeiras, o Bugre comemorou seu centenário no ano passado. E conseguiu cumprir o objetivo principal: voltar à Primeira Divisão do Campeonato Paulista (foi vice-campeão da Série A2, perdendo para o XV de Piracicaba na final). Fez feio na Copa do Brasil, eliminado pelo Horizonte (CE). Na Série B reagiu na reta final e evitou o rebaixamento para a Terceirona, ficando em 12º lugar. 

13º LUGAR - SPORT - Fez uma grande festa para comemorar o centenário em 2005, com carreata em Recife e um show de Jorge Aragão em frente à Ilha do Retiro. Dentro do campo as coisas foram mal. No Pernambucano faltou força para impedir que o rival Santa Cruz ganhasse os dois turnos (ficou em terceiro). No Brasileiro, teria sido rebaixado para a Série C se o Vitória tivesse vencido a Portuguesa no Barradão na última rodada. 

12º LUGAR - BOTAFOGO - O centenário do Botafogo foi comemorado no ano em que o clube voltou para a Primeira Divisão. A situação financeira era terrível e o time fraco. Isso se refletiu em campo. No Estadual um quinto lugar! Na Copa do Brasil eliminado na segunda fase pelo Gama. No Brasileiro, o Glorioso só escapou de uma nova queda na última rodada com um empate heróico contra o Atlético Paranaense na Arena da Baixada (e contando com uma combinação de resultados). Mas o pior foi o pouco cuidado com o "jogo do centenário". Um amistoso contra o Grêmio, disputado com times reservas no Estádio de Caio Martins, com pouquíssima divulgação. Pelo menos o Bota ganhou essa partida: 4 a 1... 

11º LUGAR - GRÊMIO - Sem dúvida, um centenário para se esquecer em 2003. A começar pelo sexto lugar no Campeonato Gaúcho. Na Libertadores caiu nas quartas-de-final para o Independiente de Medellín. Com a saída da ISL, a situação financeira ficou gravíssima e isso se refletiu no time. No Brasileiro o Tricolor só se salvou do rebaixamento na última rodada e perdeu 22 dos 46 jogos. 

10º LUGAR - ATLÉTICO MINEIRO - Uma das torcidas mais apaixonadas e vibrantes do Brasil não pôde fazer muita festa no centenário do Galo em 2008. As comemorações foram muito bonitas, mas dentro do campo, tristeza. No Mineiro um vice-campeonato tomando de cinco do Cruzeiro no primeiro jogo. Na Copa do Brasil eliminação para o Botafogo nas quartas-de-final pelo segundo ano seguido. E no Brasileirão terminou na 12ª colocação. 

9º LUGAR - FLAMENGO - Primeiro clube do país a completar o centenário (mesmo não tendo futebol à época da fundação), o Fla criou um barulho gigante, com vários eventos e festas, gerando uma expectativa do mesmo tamanho. Fez o "impossível": tirou o então melhor jogador do mundo de um dos grandes clubes do planeta. A chegada de Romário à Gávea foi algo inacreditável. E gerou um orgulho monstruoso na torcida do Fla. Mas o motivo de festa acabou aí. No Carioca o desfecho foi a "barrigada" de Renato Gaúcho. Depois vários vexames como Romário agredindo Sávio em campo, Romário pedindo (e conseguindo) a cabeça de Luxa, motivo de chacota nacional com o "pior ataque do mundo" e a contratação de um comentarista de rádio (Washington Rodrigues) para ser técnico. No Brasileiro uma campanha pífia (21º entre 24 equipes). O Fla teve chance de título até o fim, mas perdeu a Supercopa da Libertadores no Maracanã para o Independiente. 

8º LUGAR - PONTE PRETA - Um dos clubes mais antigos do Brasil, a Macaca teve um bom desempenho no ano do centenário,em 2000. No Paulistão ficou em quinto, atrás apenas dos quatro grandes. Na Copa do Brasil caiu para o Vasco na terceira fase, dando muito trabalho. No segundo semestre, na Copa João Havelange, conseguiu se classificar para o mata-mata e só foi eliminada pelo Grêmio (com Ronaldinho Gaúcho voando) no critério de gol fora de casa. 

7º LUGAR - CORINTHIANS - O centenário do Corinthians foi muito comemorado fora do campo. Várias ações de marketing colocaram a data na boca do povo e nos principais espaços da mídia. Dentro do campo não funcionou muito. O time, com Ronaldo e Roberto Carlos, foi eliminado na primeira fase do Paulista. Na Libertadores, então obsessão, a melhor campanha da fase de grupos resultou em uma eliminação doída para o Fla nas oitavas. Depois perdeu Mano Menezes para a seleção brasileira. Na reta final do Brasileirão o título e a vaga direta na Libertadores escaparam para Flu e Cruzeiro (o que gerou o "Tolima"...). Mas pelo menos serviu para construir a base do trabalho que deu muitas alegrias em 2011 e 2012. 

6º LUGAR - INTERNACIONAL — O Colorado começou 2009 com uma sensação ruim pois no ano anterior o clube não conseguiu se classificar para a Libertadores, o grande sonho de todos no ano do centenário. Mas já que não foi possível, o Inter fez o que pôde. Ganhou o Gaúcho invicto e fez duas ótimas campanhas que terminaram em vice-campeonatos: na Copa do Brasil (Corinthians) e no Brasileiro (Flamengo - com acusações de que o Grêmio entregou o jogo final para dar o título aos cariocas). Outra conquista expressiva do ano do centenário foi a marca de 100 mil sócios pagantes. 

5º LUGAR - FLUMINENSE - O Flu tinha como meta ganhar um título no ano de seu centenário, em 2002, algo que o rival Flamengo não conseguiu (impedido pelo próprio Flu). E o objetivo foi alcançado, levando o Carioca em cima do Americano. O fato de a competição ter sido esvaziada pelo Rio-SP, sem transmissão da TV, com equipes entrando com reservas na maior parte da competição, cuja a fase final foi disputada junto com a Copa do Mundo da Coréia e do Japão é apontado como demérito por torcedores rivais e pela imprensa, mas nada significa para a torcida tricolor. Depois disso, o torcedor ainda ganhou de presente o Baixinho Romário, que comandou um time limitado em uma ótima campanha no Brasileiro: semifinal, só caindo no critério de melhor campanha para o Corinthians. 

4º LUGAR - SANTOS - Uma das razões para o ousado plano da diretoria do Santos em manter Neymar no Brasil foi a comemoração do centenário neste ano. O objetivo, claro, era o bicampeonato da Copa Libertadores. Mas o time caiu muito de produção e rodou na semifinal. O pior: para o rival Corinthians, que acabou campeão. Sem dúvida, não ficou legal. Títulos o Santos conquistou, dois, mas de menor expressão: o tricampeonato paulista (que não vinha desde a década de 60) e a Recopa Sul-Americana, sobre a Universidad de Chile. As constantes convocações de Neymar impediram a briga pelo título brasileiro. 

3º LUGAR - NÁUTICO - O centenário era questão de honra para o Náutico em 2001. Pela sua festa e para estragar a de um rival. O Sport era penta estadual. O Náutico tinha como missão impedir o hexa, já que o clube se vangloria de que "Hexa é luxo" apenas do Timbu (campeão de 1963 a 1968). Também havia o desejo em acabar com o jejum de 11 anos sem título. Comandando pelo (então) promissor Muricy Ramalho e pelo artilheiro Kuki, o Náutico ganhou o estadual em cima do Santa Cruz. No restante do ano, boas campanhas: semifinal da Copa do Nordeste e quinto lugar na Série B, ficando a uma posição do quadrangular final. 

2º LUGAR - VITÓRIA - No ano de seu centenário, 1999, o Leão conseguiu conquistar a Copa do Nordeste ganhando do rival Bahia na grande decisão. Também foi campeão baiano, dividindo o título com o Bahia em uma das maiores polêmicas do futebol brasileiro. No segundo semestre, a equipe do técnico Toninho Cerezo conseguiu uma brilhante campanha no Brasileirão, chegando à semifinal (perdeu para o Atlético Mineiro), acabando na terceira posição. 

1º LUGAR - VASCO - Conquistou o maior título de sua história, a Copa Libertadores, no ano de seu centenário, 1998, tendo um timaço histórico. De quebra, levou o Campeonato Estadual ganhando os dois turnos. O festa do centenário só não foi maior porque faltou o título mundial no Japão. Mas a atuação do time, esmagando o Real Madrid no segundo tempo, é um motivo de muito orgulho para qualquer vascaíno. Ah, aquela bola do Felipe... 

E aí, o que você achou? Quero saber qual é a sua lista também! Vá à caixinha de comentários e deixe o seu Top 15 dos melhores centenários do futebol brasileiro. 

Observação: O blog será pautado pelas boas maneiras. Discordar é permitido e até estimulado. Desde que feito com educação. Xingamentos e agressões não serão permitidas. Contribua com o debate em alto nível! 


Fonte: Blog do Vitor Sergio - Yahoo Esporte Interativo

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Após cuidar do pai doente, Morais, ex-Vasco, quer voltar a jogar futebol



Morais repensou a aposentadoria e quer voltar a jogar futebol. O meia, ex-Vasco e Corinthians, pretende estar na ativa em janeiro da próxima temporada. 


Em junho, ainda com contrato com o Bahia, ele decidiu parar. Já são quase quatro meses vivendo em Maceió (AL) com os filhos, onde a família também tem negócios. 



– Achei que seria mais fácil estar longe da bola, mas é complicado ficar em casa. Pensei: “Vou dar um tempo, de repente até largo”. Lembrei o que o Ronaldo falou. “Jogador de futebol morre duas vezes”. Morre quando para de jogar e na vida. Quero ressuscitar – disse ao LANCENET! o jogador de 28 anos. 



O principal motivo que o fez pensar em desistir da carreira foi a doença do pai Manoel, de 62 anos, que sofre de diabetes e mal de Parkinson. Preocupado e culpado por ter saído de casa muito cedo (aos 13 anos foi treinar na base do Vasco), Morais decidiu que iria cuidar dele. 



O desejo de largar o futebol, porém, também foi influenciado por dramas médicos. Poucos meses antes de parar, ele começou a sentir fortes dores de cabeça, com suspeita de tumor, logo descartado após visita a um neurologista. Foi constatada uma “cefaleia de tensão”, ou seja, dor de cabeça relacionada a stress e questões psicológicas, que foi curada com tratamento homeopático. 



Para a medicina esportiva, Morais é um caso peculiar. Em 1997, ainda jogador de base, ele fazia tratamento para combater uma bronquite e descobriu ser alérgico a diversas substâncias, como antiinflamatórios e antibióticos (veja abaixo). 



O fato prejudica suas recuperações, que passam de simples lesões a grandes problemas. Em junho de 2007, grande destaque do Vasco, ele chegou a figurar na pré-lista de Dunga dos convocados para a Copa América. Porém, um corte na perna direita e uma pubalgia o tiraram de combate por mais de cinco meses. 



O último caso foi a cirurgia para curar um abscesso (infecção subcutânea) na perna, em setembro de 2011. A temporada no Timão, que depois se sagraria campeão brasileiro, acabou ali. Sem espaço, ele foi emprestado para o Bahia, onde aguentaria o futebol por seis meses. 



Hoje, Morais vê o pai com a saúde estável e o incentivando a jogar. Sua rotina é passear com os filhos na praia, levá-los à escola à tarde e manter a forma em uma academia particular. O contato com o futebol é pela televisão, onde acompanha jogos de Séries A e B. Aos sábados, jogado futebol em campo de soçaite ao lado de familiares contra os “playboyzinhos de Maceió”. Ele garante que está dando baile e ainda tem bola para brilhar como atleta profissional. 



– Eu quero voltar a jogar. Claro que é importante estar num grupo forte. Não precisar dar de herói. Sofri no Vasco, o clube passou momentos complicados, sem dinheiro, e eu sempre renovando o contrato, achando que era herói, e está cheio de herói por aí no cemitério. Quero jogar, pegar um clube bom – disse. 



Bronca após ‘besouro ter fumado maconha’ 



Em janeiro de 2010, Morais, que estava na reserva no Corinthians, foi sondado por outros clubes. Durante a pré-temporada em Itu (SP), Mário Gobbi Filho, então diretor de futebol do clube alvinegro, soltou frase emblemática: “Olhe dentro do meu olho. Se tiver um besouro fumando maconha, o Morais sai”. 



– Eu lembro que ele apelou comigo com essa frase (risos). Tinha notícias de eu sair, ele me chamou e falou: “Você não vai para lugar nenhum!”. Eu respondi que estava tranquilo – conta o jogador. 



Em maio, o meia se cansou de não ser aproveitado e decidiu ir embora. A saída foi conduzida por seu empresário, Fabiano Farah, e o então presidente Andrés Sanchez. As manchetes foram “E o besouro fumou maconha...”. E Gobbi ficou enlouquecido com o acontecimento. 



– Comecei a ficar no banco, não jogava, queria jogar mais. Falei com o meu empresário, acertei com o Andrés minha saída... Aí saiu a história que o besouro tinha fumado maconha (risos). Gobbi ficou doido. Me chamou à sala dele e me deu uma bela dura (risos). Eu tinha de pedir desculpas, porque ele sempre me deu muita moral. Aconteceu o que tinha de acontecer. Agora é pensar no que está para vir, que é só coisa boa – diverte-se Morais. 



MEDICAÇÕES PROIBIDAS PARA MORAIS 



Diclofenaco - Antiinflamatório, comercializado principalmente como Voltaren e Cataflan. Usado para aliviar dores pós-traumáticas e pós-operatórias, inflamação e edema muscular. 



Profenid - Antiinflamatório, antitérmico e analgésico, indicado no tratamento de inflamações e dores decorrentes de processos reumáticos, traumatismos e de dores em geral. 



Dipirona - Mais conhecido como Novalgina, funciona como analgésico e antitérmico e antipirético. Indicado para combater dores e febre. 



Torcilax e Dorflex - Fazem parte da classe dos relaxantes musculares. Indicados para alívio da dor associada a contraturas musculares decorrentes de processos traumáticos ou inflamatórios e em dores de cabeça tensionais. 



Penicilina - Comercializado como Benzetacil e Climaciclim. Antibiótico para combater infecções em lesões, eliminando bactérias. Principal via de administração é por injeção intramuscular. 



MEDICAÇÃO PERMITIDA 



Celebra - Antiinflamatório e analgésico em cápsulas. Efeito é mais devagar do que os remédios administrados por injeção intramuscular. É o único remédio que Morais toma após realizar cirurgias, sentir dores ou sofrer uma entorse, por exemplo. 



COM A PALAVRA: JULIO STANCATI 
Médico do Corinthians, tratou de Morais entre 2008 e 2011 

'O caso dele é atípico no futebol' 



"O que atrapalhava o Morais é que ele tinha muito broncoespamos (dificuldade respiratória). Qualquer gripe que fosse ficava muito forte, e ele desencadeava muitos casos infecciosos. Ele também ficava com alergia direto, o peito chiava muito. Lembro que perdeu muito treinamento e jogo por essa razão. Ele sentiu muita dificuldade no Corinthians. O fato de não poder tomar diversas medicações é um fato muito atípico no futebol. Mas o que mais atrapalhava eram os problemas respiratórios frequentes, falta de ar... Teve vezes que ele não podia treinar, e parava de treinar por até cinco dias. Fizemos diversos exames nos pulmões, respiratórios, mas nunca apontou nenhuma doença específica" 



A ZICA DE MORAIS 
Lesões e casos 'bizarros' atrapalharam a carreira do meia 



1. Pubalgia – Em junho de 2007, Morais sofreu uma pubalgia crônica. Ele havia sido pré-convocado por Dunga para a Copa América de 2007, mas foi logo descartado. Sua volta demorou mais de cinco meses. 



2. Dor de garganta – Em outubro de 2008, uma virose tirou o jogador de duas partidas do Corinthians pela Série B do Brasileirão. 



3. Pescoço – Em março de 2009, um torcicolo vetou Morais dos gramados por mais de uma semana. O problema chegou a ser motivo de brincadeiras do técnico Mano Menzes, que se dizia inconformado com o azar do meia. 



4. Joelho – Em junho de 2009, uma entorse no joelho esquerdo tirou o meia dos gramados por mais um mês. Jogador perdeu oito jogos do Timão (pela Copa do Brasil e Brasileirão). 



5. Joelho II - Em setembro de 2009, uma artroscopia no joelho direito deixou-o longe dos gramados por cerca de quatros meses. 



6. Infecção na coxa - Em setembro de 2011, ele teve de passar por cirurgia para a retirada de um abscesso (infecção subcutânea) na coxa direita. Com isso, perdeu a reta final do Brasileirão. 



CONFIRA UM BATE-BOLA COM MORAIS: 

Quando decidiu que ia parar? 
Começou no fim do ano passado. No segundo semestre não havia sido aproveitado no Corinthians, comecei a não ficar nem no banco... Meu pai é diabético, tem mal de Parkinson, isso me martelava. Queria outras coisas. Futebol faz você ficar concentrado, quarto de hotel, estádio. Neste ano, fui para o Bahia bloqueado. 



Como é o sentimento de jogador aposentado? Não aguentou? 
Lembrei o que Ronaldo falou. ‘Jogador morre duas vezes’. Morre quando para de jogar e na vida. Para falar de forma bem humorada, quero ressuscitar. Você começa a se coçar, a perna treme... 



Como é sua rotina hoje? 
De manhã fico com meus filhos, vamos à praia, à tarde deixo-os no colégio. Davi e Caio, são gêmeos de três anos. Fico duas horas na academia treinando. Aos sábados, jogo no soçaite com meu irmão, primo, um pessoal... A gente faz uma panelinha contra os playboyzinhos de Maceió. Eles ficam loucos. Damos baile (risos). Playboyzinhos só acostumados a jogar entre eles, aí não aguentam a pressão. Molecada é preguiçosa! 



E para o Vasco, voltaria? 
Teve uma fase conturbada, momento em que a diretoria brigou com todo mundo, não tinha dinheiro. O time ganhava, ganhavam todos. O time perdia, perdia o Morais. Não dava. Chegou uma hora que cansei. Aí, graças a Deus, fui para o Corinthians. 



Como vê o drama do Adriano? 
Convivi sete meses com ele. É um cara que sempre trabalhou muito. Depois que machucou... Se não tiver a cabeça boa, faz merda! Ainda mais lesão que demora. Se não tiver focado, estrutura, uma família por perto, desanda. Não conseguia perder peso, não tem necessidade financeira. Aí sai três dias, tem balada, amigos... Mas não tem jeito. Imagina o campo, a torcida. Tem de tomar a decisão sabendo o que vai passar, porque não é mole largar o futebol. 



Você acabou sem chance no Corinthians, mas chegou a ser elogiado por Ronaldo, Alex... 
Sempre fui respeitado no futebol. Jogador sabe quem joga e quem não joga. Eu não era relacionado e o pessoal vinha falar comigo. Ralf, Paulinho... Eu falava que não estava triste, mas já pensava em procurar novo espaço. Eu acredito muito em mim. 




Fonte: Lancenet