terça-feira, 14 de junho de 2011

EDITORIAL: O Gigante acordou!


Assim como temos com a nossa consciência e com nossos milhares de leitores diários o doloroso dever de apontar aquilo que consideramos errado, cumpre-nos agora o grande prazer de parabenizar a diretoria do Vasco pela grande conquista da Copa do Brasil.

Foi uma conquista heróica, nervosa, sofrida, e que por isso mesmo deve ser valorizada e saboreada como se saboreia um delicioso filé depois de termos passado anos e anos a fio com fome de conquistas de expressão, situação que absolutamente não condiz com a grandeza do Club de Regatas Vasco da Gama.

Se ainda há alguns erros fora de campo, dentro de campo nosso time provou que com mais algumas peças no elenco, pode fazer frente aos outros grandes do país e, assim, consolidar a volta do nosso clube ao lugar de onde nunca deveria ter saído, que é o mais alto do pódio.

Além de saboreada, esta deve ser uma conquista que deve ser capitalizada pela direção do clube, principalmente em termos de marketing. Ao revermos, com emoção, as imagens da festa da torcida no retorno de nossos heróis ao Rio de Janeiro, todos puderam ter a verdadeira noção da paixão do vascaíno pelo nosso clube. A festa da Turma da Fuzarca foi tão grande que causou no nosso zagueiro Dedé tal espanto que suscitou a ele o comentário de que “parece que fomos campões mundiais”. Pois é, Dedé, você teve apenas mais uma prova da força da torcida que você e os outros heróis representaram e representam dentro de campo com tanto orgulho e galhardia.

Além da diretoria, agradecemos também à imprensa, que à maneira do “martelo”, atormentou o “prego” com marteladas, mas que por outro lado fez com que o prego ficasse mais firme. Obrigado também por tentarem nos convencer que houve um “vascainicídio” que encolheu inapelavelmente nossa torcida e pela oportunidade de podermos provar o absurdo dessa teoria de torcida encolhendo.

Por isso, sugerimos que além das camisas promocionais que tanto nos orgulham e que certamente nossa torcida irá comprar em profusão, um planejamento no sentido de fortalecer ainda mais nosso quadro de associados, dando-lhes mais e mais motivos para ajudar ao clube. O programa de associação, que parece ter sido abandonado precisa ser revitalizado para que possa captar novos sócios, aproveitando esse momento da conquista da Copa do Brasil e a paz entre a torcida e o clube, além de fazer com que os inadimplentes voltem a pagar. É o momento de incrementar novos projetos, promoções e benefícios. Em suma, é preciso profissionalizar esse projeto de associação que tem deixado muito a desejar (palavra de um torcedor que vos escreve nesse momento). Mais do que tudo, é preciso colocar esse programa de associação nos moldes dos grandes clubes do futebol brasileiro.

Mais importante ainda é tornar esse momento perene. O Vasco nesse momento está no topo, e é preciso continuar lá. Precisamos chegar à Libertadores do ano que vem confiantes e conscientes de que somos um grande clube, com um grande time e candidatíssimo ao título. Para isso, é necessária uma campanha no brasileirão desse ano que encha os olhos da torcida. O Vasco tem um elenco que com certeza pode ficar entre os 5 melhores times do Brasil, e ainda fazer bonito na Copa Sul-Americana, mas para isso é preciso manter o elenco atual motivado e consciente da responsabilidade, bem como de algumas peças de reposição. Todo trabalho feito agora visa a Libertadores, e por isso precisamos de 2 times bem formados e entrosados, porque o campeonato carioca deixará de ser uma prioridade, e provavelmente será disputado pelo Vasco com um time B.

Por fim, é o momento de pensar na reforma e ampliação do nosso estádio para que possamos voltar a mandar os grandes jogos em casa, de forma que gere lucro para o clube, e possa fornecer maior conforto à nossa torcida que foi vital para a conquista da Copa do Brasil. Precisamos de um estádio que esteja a altura de comportar o nosso torcedor de forma satisfatória, e se faz urgente a melhoria do nosso caldeirão com esse fim. Precisamos de um estádio em que possamos mandar os clássicos sem muita restrição por parte de federações e confederações, simplesmente porque teríamos a estrutura necessária para isso. São Januário é nosso maior patrimônio, nosso orgulho, trunfo, e precisa ser adequado à nova realidade do futebol mundial.

Por fim, nossos agradecimentos a todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, tornaram esse sonho possível:

Nosso muito obrigado aos nossos jogadores, que entenderam o que é representar esse pavilhão glorioso desde 1898, e que, por entenderem isso, deram em campo o seu melhor para que o Gigante da Colina acordasse.

Nosso muito obrigado também ao treinador Ricardo Gomes, que soube unir o grupo em um momento de crise, levando o Vasco depois de 11 anos de volta à Libertadores (o Vasco a disputou em 2001 pela última vez e voltará em 2012). Mesmo com seus erros, Gomes teve o mérito de tirar o melhor de cada jogador e provou a nós mesmos o acerto de algumas de suas decisões, tão contestadas pela torcida. Obrigado, professor!

Falar da torcida e agradecê-la é chover no molhado, mas uma chuva que fertiliza a terra onde houve tanto tempo de seca nunca é demais. Orgulha-nos sobremaneira representar nem que seja uma pequena parte dessa imensa torcida, que está voltando a ser bem feliz. Vascaínos, nós somos o maior patrimônio deste clube! Mais que patrimônio, somos a alma e a razão do gigantismo presente em um de nossos mais queridos apelidos!

Por último, mas não por isso menos importante, nosso muito obrigado ao Doutor Eurico Miranda, que criou a Copa do Brasil para que um presidente capacitado para isso a vencesse.

créditos: http://www.supervasco.com/

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